A actual bandeira de Moçambique em pouco difere da bandeira da própria FRELIMO na sua forma original; de notar apenas a presença de uma versão simplificada do brasão d’armas nacional (que havia sido alterado em 1982) e alterações menores nas proporções (2:3 em vez de 5:8) e nas dimensões relativas das diversas áreas. Esta bandeira substituiu a anterior em 1983.05.01, ao mesmo tempo que a FRELIMO mudou a sua bandeira.

Moçambique (1975-1983): bandeira militar

Num arranjo pouco habitual e para bandeiras militares, esta consistia numa versão da bandeira nacional da época com o fundo de vermelho uniforme e o brasão simplificado a amarelo. Muito semelhante ao que viria a ser a bandeira da própria FRELIMO…
Monomotapa

Entre 1961 e 1964, a Udenamo defendeu que o estado independente a criar no território de Moçambique se deveria chamar “Monomotapa”, numa analogia clara com Angola (< Jaume Ollé). Esta bandeira, criada por Jaime R. Sigauke, da Udenamo, em 1961, com o aconselhamento de Withney Smith Jr., partilha com a da angolana F.N.L.A. o mesmo padrão vexilográfico. A cor negra simboliza a África, o verde, a agricultura, e a estrela vermelha a luta pela libertação e unidade do povo.
A coroa que rodeia o cículo azul é de cana de açúcar, um cultivo de grande importância histórica e económica. (< Klaes Sierksma: Vlaggen: Symbool, traditie, protocol, 1963) Com a inclusão da Udenamo na Frelimo, em 1964, tanto o nome “Monomotapa” como esta bandeira foram abandonados (< Jaume Ollé).
Monomotapa foi o nome dado aos pelos portugueses do séc. XVI ao império erguido pelo povo karanga num território actualmente localizado no Zimbábuè. O termo mwene mutapa era na realidade um título reservado ao imperador (“O Conquistador”), mas foi (à semelhança das palavras “angola” ou “inca”) interpretado como um topónimo. (< Bruce Berry)
Presidente da República Popular de Moçambique (1975-1982)

A bandeira presidencial de Moçambique (pelo menos no período 1975-1982) é um campo vermelho com o brasão centrado e fimbriado a branco. A parte interior mostram o mapa do país, limitado pelo Oceano Índico, na base. Um livro aberto simboliza o desejo de educar o povo da nação. A espingarda e a enxada representam a defesa do país e a agricultura, respectivamente. Tudo isto é iluminado pelo Sol, o amanhecer de um novo dia para o Moçambique independente.
Toda a cena é emoldurada pela roda dentada da indústria. O brasão é ladeado de um lado por uma cana de açúcar e do outro por uma espiga de milho. No meio, ao cimo, uma estrela vermelha simboliza o espírito da revolução enquanto que a faixa vermelha em baixo contém inscrita a palavra “Moçambique”. (> Paige Herring)
gosto de ver os nossos simbolo nacionais